quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Mania de merda

Como todos devem saber eu "venho" da grande metrópole de Fartura. Não, a cidade não se chama Fortuna ou Riqueza ou Opulência ou qualquer outro sinônimo de "Fartura". Não, isso não é uma abertura para o tipo de piada "mas que que farta lá na cidade pra se chama Fartura?"

Acho que já devo ter ouvido todas as piadas e variações de nome que a mente mais desvirtuada foi capaz de pensar. Todos muito, mas muito ruins por sinal. Piores que as piadas ruins de meus amigos "ótimos" contadores de piadas. Mas isso não vem ao caso.

É claro que estou aqui para falar mal da cidade. Não da cidade em si, para o farturenses não ficarem bravos. Mas do fato de existirem coisas bizarras que só podem ser encontradas em cidades/vilas ou bairros assaz atrasados de cidades grandes. E Fartura não é uma exceção.

Quem nunca reparou que esses lugares tipicamente têm algumas lojas que têm a terrível mania de querer "estilizar" seus respectivos nomes e cortar um pedaço da palavra ou ainda botar uma apóstrofe no meio dela, sem o menor sentido ortográfico?


Tá. Eu sei que é nome e você coloca o que quiser já que a loja é sua. "Se as pessoas têm a cara de pau de batizar os filhos de Joenilson Uéslei Waltdisney Venilton Hyam da Silva ou Maxuel Katerson da Silva ou ainda Maicojacson Ypcylon Uendeo Piter Kaiky da Silva, quem disse que eu não posso inventar o nome da minha loja?" você diria. "Mas algumas coisas ultrapassam o limite do bom senso!!!" eu digo.

Eis alguns exemplos muito bem estruturados para sustentar meu ponto de vista, sempre correto, é claro: 

1. Atraent - Sim, é a mesma coisa que a palavra atraente sem o "e". Não, não vem do inglês. Se fosse, seria Attractive e, mesmo assim para ser um estabelecimento digno de uma cidade minúscula, teria que se chamar "Attractiv"!!! Cara, isso extrapola os limites de capacidade de compreensão do meu cérebro!!! Eu não sei se a intenção foi dar um toque americanizado na porra do nome ou se a pessoa achou que Atraent é atraente em inglês!!! Não é nem uma cousa nem outra!!! É um ornitorrinco isso!!! Ahhhhhh!!!!!
2. Tok D' Classe - What The Fuck?!? Não bastasse enfiar um "k" pra substituir um "que" da porra do toque, a belezura ainda me enfia um "D" e uma APÓSTROFE (?!?!) para "refinar" mais ainda o nome da loja???!!!! Meu Deus do céu!!!! 

3. But Kinha - Eu não consigo nem explicar isso...eu sei que era pra ser uma variação da palavra boutiquinha. Aliás, não sei nem se o diminutivo de Boutique é realmente Boutiquinha. Se você for analisar, na verdade But Kinha, traduzido esculachadamente para o português, significa "Mas, Kinha". Sim, a loja está discutindo com a minha tia que, acreditem ou não, aí no caso é por causa da origem japonesa do nome, chama-se Kinha.

O pior é que essas merdas de nomes estranhos ficam grudados na cabeça da gente...

Não me surpreenderia se logo mais aparecessem variações de grandes marcas como Nik', Ady'das, Pma, Yvs Sant Lornt, visto a grandeza estratégia desse tipo de marketing. Afinal de contas, quem liga pra uma letra a mais ou a menos no nome né?

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Little Miss Sunshine

Sim. Eu sei que o filme já é meio velho mas não tem como deixar de comentar algo que pipocou na minha cabeça quando assisti este filme algum tempo atrás.

Obviamente, a Globo, tal qual uma emissora ultra hiper mega atualizada, só passa os maiores sucessos de outrora - 2006 pra baixo. Não digo que é ruim. É ruim assistir assistir Robson Crusoé e A Lagoa Azul pela setenta e trashima vez. Mas de vez em quando pipoca uns filmes desse naipe e acaba não sendo ruim assistir a Globo. Pelo menos foi bem legal ver Little Miss Sunshine. O filme em si é muito bom.

O que me chamou a atenção (dessa vez) nesse filme não foi toda a trama, drama ou a "rama" do caralho a quatro que tem nesse filme. Mas o fato de existir 99,9999% de chance deste filme ser, dentro os filmes devidamente legalizados, o preferido de quase todos os pedófilos existentes na Terra.

Não sei se todos lembram, mas tem um cena em particular que é, simplesmente, mind fucking blowing para os pedófilos!!!

Aliás, um grande parênteses no post. O que eu já vi de gente, educada e teoricamente alfabetizada, escrever simplesmente com I, é brincanagem...Pelamordedeus!!!


Voltando ao assunto, como pode, dentro de um concurso de belezas para pequenas criaturas, liberarem um show de strip?!?!

O concurso de beleza em si já é um prato cheio para a pedofilia. Menininhas de todas as cores e raças possíveis desfilando de biquíni e fazendo piruetas e o caralho a quatro. Mas cá entre nós, esse pequeno grande show da pequena miss sunshine é uma cereja grande, gorda e suculenta para os adoradores de coisas erradas!!!

Certeza que no meio dos vídeos que a Carolina Pinto-Homem encontrou no PC do maluco pedófilo lá da novela "Paixão em italiano" deve te uma cópia de Little Miss Sunshine!!!

 "Mas não me falaram que era crime..."

Holywood, desde 1900 e tra la la agradando a todos os gostos!!!

Aliás, já respondendo alguns cabaços que provavelmente vão vir me encher o saco por ter reparado nisso: Não. Eu não sou pedófilo. Negativo. Não procede a especulação. Nicht, Non (como diria os atores pseudo italianos de Paixão em italiano), Niet, No, Nie, Ikke. 

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Voltando à ativa

Após setenta e trash dias sem dar sinal de vida e, na preguiça mor de postar alguma coisa, copiar e colar o texto do blogueiro Regis Tadeu só para falar que postei alguma coisa, estou de volta!

Obviamente volto sem muitas coisas para falar, mas o que vale é a intenção...

Esses meses vêm sendo um pouco atípicos, já que estou em vias de defender (finalmente!!!) meu mestrado e estou meio que com a cabeça avoada...

Andei anotando algumas coisas para escrever aqui durante o tempo que fiquei ausente. É claro que noventa porcento das merdas que escrevi é realmente merda e, ao ler essas grandiosas merdas, quase todas não fazem o menor sentido...

Mas uma coisa sobre a qual ando querendo escrever há algum tempo é a treta viciativa que DoTA causa nas pessoas. É claro que esse vício não se compara a de outras drogas dos tipos inaláveis, cheráveis, injetáveis e tra la laveis, mas mesmo assim causa assaz com a vida das pessoas.

DoTA, segundo a zikipédia: "Defense of the Ancients: Allstars (também chamado DotA Allstars ou simplesmente DotA) é um video-game feito como uma adaptação de mapa customizado (custom map) do jogo Warcraft III: Reign of Chaos e sua expansão Warcraft III: The Frozen Throne"

Mas isso vicia? Sim! É claro que sim! Mas eu nunca dei muita bola para o que as pessoas falavam sobre DoTA. Eu, particularmente, não achava que passar um fds com os amigos jogando DoTA sem parar chega a ser preocupante. Fazia isso direto e durante a semana a vida seguia normalmente sem problemas maiores. É claro que esse evento era mais intenso no inverno, onde a preguiça de sair na friaca pra ir em balada era maior. No verão, nem tanto.

Obviamente alguém sempre aparece para foder ca porra toda e mudar toda a concepção de DoTA que eu tinha. A ideia de que DoTA não faz mal às pessoas foi para o saco no dia em que fiquei sabendo de uma história de um amigo meu...

Segundo relatos resumidos:
"Tamo lá no meio da balada, quando o cara me chega na mina e pergunta o nome dela. Ela responde e pergunta o nome dele. Eis que o cabaço mor vira pra ela e diz: Meu nome é Venomancer. Mas pode me chamar de V"

Venomancer, pra quem não sabe é isso daqui:

venomancer dota Pictures, Images and Photos

Sim, ele estava bêbado. Não, não importa, isso vai perseguir o coitado pelo resto da vida. E sim, é claro que temos vídeo mostrando o quão bêbado ele estava, mesmo embora isso não justifique o fato dele estar tão viciado, mas tão viciado em DoTA que foi capaz de trocar o próprio nome pelo de um personagem do jogo e ainda achar que ia conseguir alguma coisa com a mina.

"Com vocês, Conrado Venomancer! Mas podem chamá-lo de V" 

sábado, 18 de setembro de 2010

Só para não deixar passar o VMB em branco...

Copiado na integra daqui.

Nunca fui fã incondicional da música brasileira, mas a que ponto chegamos? 

Faço das palavras de Regis Tadeu, as minhas. 

Tamo na merda.


VMB 2010 celebra um mundo pop-rock retardado

Imagine que você foi convidado para a festa de 20º aniversário de alguém e, ao chegar ao local, percebe que a pista de dança está vazia, os convidados estão em silêncio e o aniversariante passa o tempo todo falando ao microfone o quanto ele é legal, apresentando seus primos, todos mongolóides, daqueles que lambuzam a testa na hora de tomar sorvete, e fazendo-os cantar da maneira mais desafinada do mundo. Imaginou?
Pois esta sensação é infinitamente melhor do que aquela que praticamente derreteu as retinas de quem teve a coragem de assistir ao VMB 2010, mais uma ocasião em que a MTV nos brinda com um retrato inequívoco de que grande parte do meio musical – e, por conseguinte, de toda uma geração – está indo definitivamente para o buraco.
Quando o pessoal do Yahoo! Brasil pediu gentilmente para que eu escrevesse um artigo com minhas impressões a respeito de tal premiação, juro que tentei encarar a empreitada com uma expectativa otimista, mesmo sabendo que a lista dos indicados ao prêmio era mais fraca que sopa de albergue noturno. Ingenuamente, cheguei a acreditar que a MTV iria conseguir barrar este absurdo processo de votação popular, controlando os tais “votos” para que uma mesma pessoa não ficasse com a ponta dos dedos em carne viva de tanto votar em seu ídolo pelo telefone, pela internet ou pelo diabo a quatro. Muita ingenuidade da minha parte, né?
Eu já percebi que a coisa seria uma tragédia logo no tal “Aquecimento VMB”, quando um casal de atores de um programa da própria emissora, Quinta Categoria, tentava ser engraçado enquanto fazia merchan explícito de desodorante, refrigerante, carro e outros produtos, em cenas pra lá de constrangedoras. Nas entrevistas antes do evento, artistas se portavam como se estivessem anestesiados – menos no caso de Otto, que parecia estar dopado com alguma substância emburrecedora.  Mas eu não estava preparado para o que estava por vir…
VMB 2010
Talita Werneck e Paulinho Serra entrevistam o cantor Otto no VMB 2010/Foto: Andressa Reze
Logo no início do programa, uma ótima ideia – uma interação entre o bom apresentador Marcelo Adnet e alguns artistas (Marcelo D2, Sandy, o guitarrista do Cachorro Grande e o jurado Miranda, do Qual é o Seu Talento?) – foi jogada fora por absoluta falta de criatividade. Daí para frente, o circo de horrores tomou proporções babilônicas. Acompanhem a sequência de eventos:
- Muito mais vergonhoso que o NX Zero ganhar o prêmio de “Melhor Show” foi o seu vocalista, Di, dar o telefone de contato para quem quisesse agendar uma apresentação de sua banda ridícula. Um absurdo total!
- Apesar de uma boa imitação do Faustão feita pelo Adnet, isto foi insuficiente para disfarçar o quanto as vinhetas para a categoria “Aposta MTV” foram primárias. O ganhador – um tal de Thiago Pethit – parecia ter caído da cama de tão sonolento e desanimado com o prêmio;
- A apresentação ao vivo do Restart foi aquela fraqueza e desafinações de sempre, mas pelo menos deu para sacar que o batera Thomas é bom, o único que tem chance de se dar bem como músico quando a banda encerrar as atividades – algo que todos nós esperamos que aconteça o mais rápido possível;
- O anúncio de Justin Bieber como ganhador da categoria “Melhor Artista Internacional “ foi um dos troços mais desanimados da história da TV brasileira, uma cena ainda piorada pela participação ridícula daquela menina pentelha que ficou conhecida como “mini Lady Gaga”;
- Depois de a dupla 3OH!3 pagar mico antes de anunciar apresentação do Fresno, o grupo gaúcho fez um pastiche canhestro de 30 Seconds to Mars, tentando botar uns timbres mais agressivos em seus instrumentos só para mostrar que estão mais pesados, embora ainda sensíveis. Coisa ridícula!
- O fato de o megacanastrão Roberto Justus ter apresentando a categoria “Revelação” já dava bem a medida do que viria a acontecer. Dentro de uma relação de grupos horríveis e da alienígena presença de Karina Buhr, a vitória do Restart seria o início de uma das mais inacreditáveis estratégias de votação popular – quero acreditar que sem a cumplicidade da MTV – já presenciadas na TV mundial;
- Em uma das vinhetas de intervalo, Sandy cantou ao lado de Mallu Magalhães, que continua tão lesada que sequer é capaz de conseguir afinar o seu violão. Constrangedor foi pouco;
- Os artistas focalizados na plateia demonstravam uma total indiferença não apenas em relação ao que acontecia no palco, mas no evento em geral. Vi gente que, se pudesse, estaria jogando “batalha naval”. Não é mesmo, Samuel Rosa? Não é mesmo, Cazé?
- Quando o Restart começou a ganhar mais prêmios, vaias começaram a ser ouvidas dentro do recinto, algo que passou a desesperar a direção do programa, que precisou abaixar o volume do áudio da plateia e mudar rapidamente para outra atração;
- Foi triste ver um cara talentoso como o Adnet sendo obrigado a ler um texto ridículo a respeito de “TV on demand”;
- Na categoria “Web Hit”, o pessoal vencedor – com uma patética paródia do Justin Bieber – mostrou como não receber um prêmio, tamanha a falta de noção demonstrada na ocasião;
- O Restart ganhar como “Melhor Pop” e um embusteiro como Diogo Nogueira ser o vencedor na categoria “Melhor MPB” foi um daqueles sinais de que o Apocalipse deve acontecer entre quinta e sexta-feira da semana que vem;
- O Capital Inicial – não por acaso, a única banda do chamado “rock brasileiro dos anos 80” que conseguiu reciclar o seu público para sobreviver aos dias atuais – até que tentou fazer uma apresentação digna, mesmo botando mais um guitarrista e um violonista para dar aquele “peso Mandrake”, mas uma grade descendo fora de hora e separando Dinho Ouro Preto de seus companheiros deu a impressão que estávamos diante de um cirquinho de oitava categoria;
- A tal “Jam com Nova Geração” fez com que eu temesse pelo futuro da música no Brasil. Sério;
- A apresentação de Otto foi um desastre. Embora a boa banda – com Fernando Catatau (Cidadão Instigado) e Pupilo (Nação Zumbi) – tenha se esforçado em emprestar alguma dignidade sonora, as desafinações do vocalista e sua presença de palco que mais parecia a de um chimpanzé triatleta estragaram tudo. O mais triste foi constatar o famoso “corporativismo entre artistas” ao ver Arnaldo Antunes declarar, após o evento, que “Otto arrasou”. Só se ele usou o verbo no sentido de destruição;
- Quando o Restart ganhou na categoria “Hit do Ano”, tomou uma vaia tal que os próprios apresentadores pediram para que a banda fosse aplaudida. Quando também venceu como “Artista do Ano” – prêmio apresentado pelo “craque Neymar-filme-tostado”, o constrangimento com mais uma onda de vaias foi tamanho que a própria banda agradeceu a quem os vaiou, tentando mostrar um falso “fairplay”;
- A apresentação do OK Go! – com guitarra em playback – foi de uma indigência intolerável para uma atração internacional. Deveriam ter sido presos e deportados;
- No final constrangedor, outra ótima ideia – a tal “Gaiola das Cabeçudas” – foi desperdiçada pela absoluta falta de animação da plateia. Nem mesmo as presenças de Valesca Popozuda e seu alter-ego – sua própria bunda – conseguiram tirar a platéia e o telespectador de um profundo torpor.
No final, ficaram algumas constatações:
1) A faixa etária do público que leva a MTV a sério agora é outro – e ainda menor: vai dos oito aos 12 anos. Acima disto, é gente com sérios problemas mentais;
2) A tal Marimoon e esse pessoal do Quinta Categoria são os personagens mais grotescos da TV desde os tempos do filme Corcunda de Notre-Dame na “Sessão de Gala” de sexta à noite;
3) Brasileiro é incompetente até para administrar uma franquia, já que a MTV Brasil conseguiu piorar ainda mais o que já vinha pronto lá de fora;
4) Este VMB 2010 deveria ser lançado em DVD como material de auto-ajuda, pois é impossível alguém não se sentir uma pessoa melhor depois de assistir a esta avalanche de atrocidades artísticas;
5) Se os fãs destas tais bandas coloridas de “happy rock” é que irão governar este País no futuro, avisem aos seus filhos e netos que a Humanidade deve se preparar para voltar a viver em árvores;
6) Perto de qualquer VMB, o horário político parece um desfile de cientistas e professores de Harvard.

Vivo!

Estou vivo!

Postarei alguma coisa inútil assim que voltar de viagem no fim de semana.

Prometo!